ARMAS
COROA: De prata com quatro torres.
DIVISA: Num listel branco, ondulado, sotoposto ao escudo em letras negras, maiúsculas, de estilo elzevir.
Simbologia e Alusão das Peças
Os doze escudos com doze castelos significam o reinado de D. Dinis.
Ao centro os sete castelos alusivos ao Tratado de Alcanizes e o escudo branco com as quinas, perpetuando e consagrando assim “o milagre humano da positiva bravura, tenacidade, diplomacia e audácia que conseguiu atar os primeiros elos da afirmação social e política da lusa nacionalidade”.
Os Esmaltes Significam
OURO: Nobreza e constância
PRATA: Riqueza
VERMELHO: Fogo, ardor bélico e força
NEGRO: Firmeza e honestidade
Castelo Bom é uma freguesia do concelho de Almeida, no distrito da Guarda. Situa-se na zona raiana da Beira Interior, mais concretamente na sub-região da Beira Interior Norte. Foi vila e sede de concelho durante mais de quinhentos anos.
Actualmente, a freguesia tem 25,04 km² de área e contabiliza 216 habitantes (2011). A sua densidade populacional é de 8,6 hab/km².
Em 1282, D. Dinis casa-se com a Rainha Santa Isabel de Aragão e recebe, como dote, Castelo Bom e os seus domínios
Paróquia de Nossa Senhora da Assumpção de Castelo Bom, concelho de Almeida.
Foi vila, sede de concelho e praça de armas.
Era povoação árabe e D. Diniz mandou-a povoar por cristãos quando lhe fez muralhas e reconstruiu a vila. Castelo Bom passou para a Coroa Portuguesa (1282) por dote da rainha Santa Isabel, mulher de D. Diniz, mas estava quase despovoada.
D. Afonso VIII de Leão deu-lhe foral sem data.
D. Diniz também lhe deu foral em 1296 e D. Manuel deu-lhe foral novo em Lisboa no dia 1 de Junho de 1510.
Transitou para a Diocese da Guarda aquando da extinção da Diocese de Pinhel, em 30 de Setembro de 1881.
Brasão nas Muralhas do Castelo Séc. XII - XIV
A 8 de Novembro de 1296, a vila recebe o primeiro foral português.
Castelo Bom era então cabeça de um concelho, termo e vigaria, que englobava, para além da vila, os lugares de Vilar Formoso, Freineda, São Pedro de Rio Seco, Naves e Quinta do Abutre (actual Aldeia de S. Sebastião). O monarca manda ainda que todo o castelo seja requalificado.
Em 12 de Setembro de 1297, D. Dinis de Portugal, e Fernando IV de Leão e Castela assinam o Tratado de Alcanizes, no qual Castelo Bom assume um papel de destaque, passando definitivamente para as mãos do Reino de Portugal. No seguimento deste tratado, Castelo Bom foi durante algum tempo um dos principais pontos de portagem do Reino na região de Ribacôa. Este clima favorável, associado ao repovoamento ordenado por D. Dinis, fez a vila conhecer um período de prosperidade.
Cruzeio e Largo do Pelourinho
Igreja Matriz de Nossa Senhora da Assunção Séc. XIII e XVIII
Um novo foral[
Entre 1509 e 1510, Duarte de Armas, durante o seu trabalho de representação dos castelos fronteiriços portugueses, desloca-se a Castelo Bom. No seu Livro das Fortalezas, podemos ver duas vistas diferentes do castelo na altura. Porém, por estes tempos, o castelo estava a degradar-se, o que leva D. Manuel I, em 1510, a outorgar o Foral Novo a Castelo Bom, onde determinou a reparação do castelo e das muralhas da vila. Os trabalhos iniciaram-se em 1512, comandados pelo mestre de obras João Ortega e pelo pedreiro Pero Fernandes.
Igreja Matriz
Pelourinho
Pelourinho
Porta de entrada das muralhas
Solar
Entrada das Muralhas
Castelo Bom
Encontra-se sobranceiro ao rio Côa, num
cabeço a 725 m de altitude e cuja muralha envolve a povoação. Oriundo
de um antigo castro ocupado desde a Idade do Bronze, Castelo Bom vê-se
incorporado no reino de Portugal, em 1297, como consequência do Tratado
de Alcañices. Nos séc.s XIII e XIV acontece a reedificação do castelo e
cintura muralhada (D. Dinis). No séc. XVI, possuía dupla cintura de muralhas, Cidadela com Torre de
Menagem e duas Torres de planta quadrada. Durante as Guerras da Restauração serviu de abrigo
aos Governantes da Beira. Em 1762, a Vila foi cercada e derrotada. Em 1834, foi extinto o concelho de
Castelo Bom, iniciando-se então a degradação das estruturas. Em meados do século XX ainda existia a
Torre de Menagem. Existem hoje os panos da muralha; a Porta da Vila, em arco quebrado no exterior e
arco pleno no interior; o brasão da antiga vila (escudo nacional coroado) num muro e a Cisterna, a Sul;
o Paiol, a Oeste; o Poço de Escada, de planta quadrangular e o Poço d’ El-Rei, de planta rectangular.
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