Coroa mural de prata de quatro torres.
Listel branco, com a legenda a negro: «CASTELO MENDO».
Na Reforma Administrativa de 2013 passou a União de Freguesias Castelo Mendo, Ade, Mesquitela e Monteperobolço com sede em Monteperobolço
Brasão de Armas oficial de 2005 a 2013
Paróquia de São Pedro de Castelo Mendo, concelho de Almeida.
A paróquia estava sediada na antiga vila e também sede de concelho, extinto por decreto de 24 de Outubro de 1855, passando a fazer parte do concelho de Almeida.
O concelho de Castelo Mendo era composto pelas freguesias de Ade, Aldeia Nova, Amoreira, Azinhal, Cabreira, Freixo, Leomil, Mesquitela, Mido, Miuzela, Monte Perobolso, Peva e Senouras, que passaram todas, por esse mesmo decreto, a fazer parte do concelho de Almeida; e também pelas freguesias de Cerdeira, Parada e Porto de Ovelha, que ficaram no concelho de Sabugal.
Em data que não podemos precisar, as paróquia de Santa Maria de Castelo Mendo e São Vicente de Castelo Mendo, forma extintas e integradas nesta.
Castelo Mendo - Porta da Vila e do Castelo
Berrões ou Verrascos (portas da Vila): originários dos indo-europeus Vetões, trata-se de duas esculturas zoomórficas em granito, para uso de culto. Consta que terão sido colocadas, uma de cada lado, à entrada da porta da vila, com uma missão: impedir a entrada dos animais, no castelo. Enquanto detinha o estatuto de vila, os animais eram obrigados a pernoitar fora do castelo. Depois que passou a freguesia, os verrascos foram decapitados pela população, pois eles apavoravam os gados, que recusavam a entrar no castelo, especialmente à noite
Castelo Mendo - Pelourinho símbolo jurídico e administrativo.
Com os seus 7 metros é dos mais altos de todas as Beiras
Largo do Pelourinho em dia de Feira
Mendo e Menda
Sobranceira à porta de entrada do Museu, encontra-se esta gárgula esculpida "Mendo".
Olha em direcção ao outro lado da rua, para sua “amada” Menda, petrificada na parede do antigo palheiro.
Castelo Mendo - Igreja de Santa Maria do Castelo em ruínas
Esta Igreja românica de planta longitudinal com sacristia adossada à Capela Mor, está situada no primeiro núcleo amuralhado
Castelo Mendo - Igreja de Santa Maria do Castelo - interior da igreja
O pavimento é repleto de sepulturas com inscrições quase ilegíveis Notam-se as constantes restaurações que foram feitas nesta Igreja, na porta de entrada.
Consta que nesta Igreja esteve uma estátua de Nossa Srª das Dores "sentada, de mãos entrelaçadas e olhos para o céu ". Tinha também uma capela lateral, com um brasão ostentado em cima do arco. Agora dela apenas restam ruínas.
Castelo Mendo - Igreja de São Vicente (séc. XIII)
Antiga Misericórdia, era frequentada por nobres.
Terá sido feita na mesma altura da ampliação das muralhas.
Mais tarde, foi acrescentada no interior uma capela de Nossa Senhora da Conceição.
Castelo Mendo - Porta do Castelinho
Ao fundo a Igreja de Santa Maria do Castelo em ruínas
Castelo Mendo - Igreja Matriz – Igreja de São Pedro (séc. XIV)
Inicialmente era uma pequena capela frequentada apenas pelo povo. Face ao aumento da população, D. Manuel decidiu mandar remodelá-la, tornando-se na Igreja Matriz, no século XIX. A fachada possui um portal de lintel recto e o símbolo do Apóstolo São Pedro realçado no tímpano encimado por uma janela.
Castelo Mendo - Porta da Guarda
Castelo Mendo - Vista dos arredores
Castelo Mendo
Ocupa um cabeço situado a 762 m de
altitude, sobranceiro ao ribeiro de Cadelos e ao rio Côa. Integra dois
núcleos urbanos, destacando-se o recinto do castelo na zona mais
elevada. A provável edificação do castelo ocorreu em fins do séc. XII, no
reinado de D. Sancho I. Em 1229, recebe carta de foral por D. Sancho II
onde é mencionado o castelo e o alcaide Mendo Mendes. Daqui decorre a edificação do primeiro
recinto muralhado. A 2ª cintura muralhada, bem como a Torre de Menagem advêm de D. Dinis, em
1281. Em 1297, com a assinatura do Tratado de Alcañices, a fronteira afasta-se de Castelo Mendo. É
um castelo românico e gótico cujas cinturas são de traçado ovalado e irregular e com demarcação
da cidadela no primeiro recinto defensivo. A Torre de Menagem é de planta rectangular. Com a
reforma liberal, extingue-se o concelho e inicia-se um processo de degradação progressiva.
HISTÓRIA
Castro Mendi é a designação que consta do documento mais antigo (1202) referente a Castelo Mendo. Apesar do local ter conhecido ocupação desde a Idade do Bronze e mostrar vestígios da presença romana, a estrutura fortificada e o modelo urbanístico caracterizadores de Castelo Mendo, são uma criação medieval concebida para enfrentar as necessidades impostas pela Reconquista Cristã nos séculos XII e XIII: promover o repovoamento dos territórios muçulmanos anexados ao reino português e sustentar as disputas territoriais fronteiriças com os reinos cristãos de Leão e Castela na região de Riba-Côa.
Castelo Mendo foi concelho de fundação medieval, com foral concedido em 1229 por D. Sancho II, estatuto que perdeu com a reforma administrativa liberal em 1855
A partir do séc. XIV, estabilizada a fronteira com o Tratado de Alcanizes em 1297, Castelo Mendo continuará a integrar a rede de fortificações que defendem a raia beirã. Este sistema defensivo medieval só perde a sua eficácia militar com o século XVII, período que vê surgir as fortificações modernas.
Dois núcleos muralhados, de épocas construtivas diferentes, configuram Castelo Mendo. No cimo do cabeço rochoso, dominando a paisagem envolvente, situa-se o Castelo com dois recintos distintos. O aglomerado civil desenhado em torno da Igreja de Nossa Senhora do Castelo dividido do polo exclusivamente militar, localizado a Este, no ponto mais elevado, onde antes se erguia a Torre de Menagem. Com o crescimento da povoação, o primitivo núcleo, supõe-se que mandado edificar por D. Sancho I ou D. Sancho II, é aumentado com nova cerca no reinado de D. Dinis (fim do séc. XIII). Pela encosta se estendeu a Vila, nela se organizando a vida da população abraçada pelos muros.
Espaço fechado, comunica com o exterior por portas abertas a Norte, Poente e Nascente com acessos reforçados por torres.
A Igreja, reguladora dos comportamentos, acompanha os edifícios públicos, símbolos do poder político e da ordem civil: Casa da Câmara e Cadeia e Pelourinho. É também neste espaço privilegiado que as famílias localmente mais consideradas ergueram a sua casa.
Mas as populações que viviam dentro das muralhas dependiam quotidianamente do exterior. Aqui se situavam os campos cultivados e as terras de pastagens. Na devesa encontravam-se as fontes de água, de mergulho e todas datando do séc. XIII/XIV, como as Fontes Nova e Velha, e Estrufa, além do Chafariz remodelado posteriormente. Fora das muralhas tinham ainda lugar acontecimentos mais ocasionais: a realização da feira (Alpendre), com uma tradição que remonta ao séc. XIII, sendo das primeiras do reino; ou celebrações associadas ao culto católico (Calvário).
A aldeia de Castelo Mendo foi classificada como Imóvel de Interesse Público em 1984.
PARAIZAL
Povoação anexa da Freguesia de Castelo Mendo.
Ficava para os lados Sul a caminho da Ponte de Caminho de Ferro, (ponte de granito (barroco) desde os anos 40 do séc, XX, antes ponte de ferro) e Ponte do Engenho sobre a Ribeira do No+imi,
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