Almeida , antiga e nobre Vila.... tão antiga .... anterior à nacionalidade.
Princesa do Rio Côa
Por estas bandas D. Dinis e o rei Fernando VII de Leão a disputaram e pelo Tratado de Alcanizes - 1279 - ficou a pertencer a Portugal
Vila altaneira e valentemente estendida ao sol por Terras de Riba Côa.
Mais abaixo, no profundo vale do Côa, uma ponte de granito.
Um pouco mais acima umas águas santas que desde os mais remotos tempos tudo curam
Já em pleno séc, XX até uma Central Eléctrica...
... as muralhas....bom as muralhas em estrela de 12 pontas impugnáveis e preciosamente conservadas...
... nem o rebentamento do paiol em 1810 com os franceses de Massena, os almeidenses tremeram. Com as poucas munições que sobraram esperaram por eles, mais cá abaixo, junto à ponte do Côa. e aí retardaram a marcha de mais de 100 mil militares napoleónicos, que tudo roubavam.
Por isso aquelas bravas milícias, à medida que retiravam, incendiavam terras, mato, celeiros, adegas, animais para dificultar a progressão do exército invasor.
Mais tarde pagaram a intrusão na Batalha do Rio Côa, na Batalha do Buçaco e na Batalha das Linhas de Torres.
Depois de vencidos e já na debandada voltaram a sofrer novos e pesadas baixas nas Batalhas do Sabugal - Batalha do Gravato (Abril de 1811 e em Novembro de 1811 em Aldeia da Ponte - Alfaiates.
Almeida freguesia - Escudo de ouro, pano de muralha de negro, lavrado de prata e aberto do campo, movente dos flancos; em chefe, duas bilhetas de azul, deitadas, fretadas de prata; em campanha, um minguante de vermelho.
Coroa mural de prata de três torres.
Listel branco, com a legenda a negro: «FREGUESIA de ALMEIDA».
Brasão de Armas oficial desde 2005
Resumo Histórico do Concelho de Almeida
EVOLUÇÃO HISTÓRICA
O território do Concelho de Almeida apresenta vestígios de presença humana desde o paleolítico, estando detectados alguns núcleos castrejos da Idade do Bronze e do Ferro, bem como informação clara sobre a presença romana.
O território do Concelho de Almeida apresenta vestígios de presença humana desde o paleolítico, estando detectados alguns núcleos castrejos da Idade do Bronze e do Ferro, bem como informação clara sobre a presença romana.
Mas é no período medieval, com especial destaque para a época da formação da nacionalidade, que se estrutura a linha evolutiva caracterizadora do território em causa. Devendo-se esta evolução a dois factores fundamentais: a sua localização no limite fronteiriço do território português e a criação dos concelhos, como forma de garantir o povoamento da fronteira.
O Rio Côa constituiu durante um largo período temporal o limite dessa mesma fronteira entre o Reino de Leão e o território português, até que em 1297, com a assinatura do tratado de Alcanices durante o reinado de D. Dinis, se integram definitivamente os territórios a Este do Rio Côa em Portugal. Este avanço da linha de fronteira, vai condicionar o desenvolvimento futuro do território em causa, ganhando Almeida e castelo Bom, uma importância estratégica predominante em detrimento de Castelo Mendo situado na margem esquerda do rio Côa.
Almeida é uma das mais importantes praças-fortes de Portugal, a par com a Praça-forte de Valença (Minho) e Elvas (Alto-Alentejo)
A Praça tem 6 baluartes exteriores:
São Francisco, São Pedro, Santo António, Nossa Senhora dos Brotas ou do Trem, Santa Bárbara e de São João de Deus
E 6 revelins
Da Cruz, da Brecha, de Santo António, do Paiol, Doble ou do Hospital de Sangue, e dos Amores
O Concelho de Castelo Bom foi abolido com as reformas administrativas liberais em 1834, tendo sido anexado ao concelho de Almeida, conjuntamente com as seguintes freguesias: Freineda, Naves, S. Pedro do Rio Seco e Vilar Formoso.
Mas o Concelho de Almeida, vai ainda absorver e perder área administrativa dos concelhos limítrofes. Assim em 1834 absorve as freguesias de Malpartida, Cinco Vilas e Reigada ao concelho de F. Castelo Rodrigo. Em 1883 anexa as freguesias da Malhada Sorda e Nave de Haver do extinto concelho de Vilar Maior. Em 1895 integra as freguesias da Miuzela, Parada, Porto Ovelha, do termo do Concelho do Sabugal, e Valverde do termo do Concelho de Pinhel, mas perde nesse mesmo ano, para o Concelho de F. Castelo Rodrigo as Cinco Vilas e a Reigada.
Eclesiásticamente, o território do Concelho de Almeida faz parte do Bispado da Guarda, embora no passado tenha pertencido ao Bispado de Cidade Rodrigo, Lamego e Pinhel.
No período do cisma do ocidente, em finais do século XIV, passou da Diocese de Cidade Rodrigo para a de Lamego, porque o Reino de Castela tinha aderido ao partido do Papa de Avinhão e Portugal tinha-se mantido fiel a Roma. Em 1770 foi criada por Clemente XIV a Diocese de Pinhel à qual se juntou Almeida, no entanto esta foi extinta em 1881 por Leão XIII, passando Almeida para a Diocese da Guarda.
Toponímia da Vila
Existem várias versões para origem do nome Almeida. Mas o que todos concordam é que o nome é de origem árabe. Uns referem que vem do árabe Al Mêda e que significa a mesa, pelo facto da povoação se encontrar situada num vasto planalto, no Planalto das Mesas. Há também quem afirme que vem do árabe Atmeidan que significa campo ou lugar de corrida de cavalos. Frei Bernardo de Brito, natural de Almeida e cronista-mor do reino, afirma derivar, Almeida, da configuração do terreno em que a Vila se encontra edificada e cujo nome original é Talmeyda.
A lenda diz que a sua origem vem de uma mesa cravejada de pedras preciosas que em tempos existiu naquele lugar.
De tantas versões o que parece correcto é que o termo Almeida tem a sua origem árabe, dado que o prefixo al é dessa proveniência.
Praça Forte de Almeida
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