Livro das Fortalezas

Castelo de Almeida - "LIVRO das FORTALEZAS" Duarte de Armas (1509-1510) Reinado de D. Manuel I de Portugal Curiosidade: Almeida, Miranda do Douro e Lapela são as únicas fortificações ilustradas na obra que ostentam o estandarte pessoal de D. Manuel I, com a esfera armilar.

quarta-feira, 6 de julho de 2016





Almeida , antiga e nobre Vila....  tão antiga ....  anterior à nacionalidade. 
Princesa do Rio Côa

Por estas bandas  D. Dinis e o  rei  Fernando VII de Leão a disputaram e pelo Tratado de Alcanizes - 1279 -  ficou a pertencer a Portugal
Vila  altaneira e valentemente estendida ao sol por Terras de Riba Côa.
Mais abaixo, no profundo vale do Côa,  uma ponte de granito. 
Um pouco mais acima umas águas santas que desde os mais remotos tempos tudo curam 

Já em pleno séc, XX até uma Central Eléctrica...

... as muralhas....bom as muralhas em estrela de 12 pontas impugnáveis e preciosamente conservadas...
... nem o rebentamento do paiol em 1810 com os franceses de Massena,  os almeidenses tremeram. Com as poucas munições que sobraram esperaram por eles, mais cá abaixo, junto à ponte do Côa. e aí retardaram a marcha de mais de 100 mil militares napoleónicos, que tudo roubavam.
Por isso aquelas bravas milícias, à medida que retiravam, incendiavam terras, mato, celeiros, adegas, animais   para dificultar a progressão  do exército invasor. 

Mais tarde pagaram a intrusão  na Batalha do Rio Côa, na Batalha do Buçaco e na Batalha das Linhas de Torres. 
Depois de vencidos e já na  debandada   voltaram a  sofrer  novos e pesadas baixas  nas Batalhas do Sabugal - Batalha do Gravato  (Abril de 1811  e em Novembro de 1811  em Aldeia da Ponte - Alfaiates.




Almeida freguesia - Escudo de ouro, pano de muralha de negro, lavrado de prata e aberto do campo, movente dos flancos; em chefe, duas bilhetas de azul, deitadas, fretadas de prata; em campanha, um minguante de vermelho. 

Coroa mural de prata de três torres. 

Listel branco, com a legenda a negro: «FREGUESIA de ALMEIDA».


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Resumo Histórico do Concelho de Almeida

EVOLUÇÃO HISTÓRICA

O território do Concelho de Almeida apresenta vestígios de presença humana desde o paleolítico, estando detectados alguns núcleos castrejos da Idade do Bronze e do Ferro, bem como informação clara sobre a presença romana. 

Mas é no período medieval, com especial destaque para a época da formação da nacionalidade, que se estrutura a linha evolutiva caracterizadora do território em causa. Devendo-se esta evolução a dois factores fundamentais: a sua localização no limite fronteiriço do território português e a criação dos concelhos, como forma de garantir o povoamento da fronteira. 

O Rio Côa constituiu durante um largo período temporal o limite dessa mesma fronteira entre o Reino de Leão e o território português, até que em 1297, com a assinatura do tratado de Alcanices durante o reinado de D. Dinis, se integram definitivamente os territórios a Este do Rio Côa em Portugal. Este avanço da linha de fronteira, vai condicionar o desenvolvimento futuro do território em causa, ganhando Almeida e castelo Bom, uma importância estratégica predominante em detrimento de Castelo Mendo situado na margem esquerda do rio Côa. 



Aldeia Nova  Heráldica

Aldeia Nova - Escudo prata, duas espigas de trigo de verde passadas em aspa, entre vaso de perfume de púrpura, guarnecido de ouro, em chefe e relha de arado de negro perfilado de ouro, em campanha.
Coroa mural de prata de três torres. 
Listei branco, com a legenda a negro: «Aldeia Nova».
União das Freguesias de Leomil, Mido, Senouras e Aldeia Nova (Reforma Administrativa de 2013)



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Património
  • Edificado:
    • Casa tradicional de arquitectura popular do Largo da Amoreira - século XIX
  • Religioso:
    • Igreja Matriz - século XVIII/XIX;
    • Capela de Santa Bárbara - século XIX/XX;
    • Nicho de Santo António situado na Rua Direita - século XVIII/XIX;
  • Arqueológico e Etnográfico:
    • Povoado Romano das Trigueiras - Rural;
    • Tronco de Ferragem no Largo da Amoreira - século XIX;
  • Natural e Lazer:
    • Amoreira centenária no Largo Principal

Povoação e freguesia de Santa Maria Madalena, concelho de Almeida, Diocese da Guarda. 
A antiga freguesia era abadia da apresentação do bispo de Pinhel, no termo da vila de Castelo Mendo. Pertenceu ao antigo concelho de Castelo Mendo extinto por decreto de 24 de Outubro de 1855, passando a fazer parte desde essa data do concelho de Sabugal, sendo anexado ao concelho de Almeida por decreto de 7 de Dezembro de 1870. 
Transitou para a Diocese da Guarda aquando da extinção da Diocese de Pinhel.


Igreja de Santa Maria Madalena








Azinhal - Escudo de prata, uma azinheira arrancada, de verde, landada de ouro; em chefe, duas vieiras de vermelho. 
Coroa mural de prata de três torres. 
Listel branco, com a legenda a negro: “AZINHAL — ALMEIDA”.
União das Freguesias de Azinhal, Peva e Valverde


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História     

Azinhal é uma pequena freguesia situada em pleno planalto, a uma distância de cerca de treze quilómetros da sede de concelho. Trata-se de uma aldeia bastante típica, onde sobressaem as construções de pedra granítica, com ruas calcetadas a cubos do mesmo material, convergindo para o largo da igreja onde o campanário, igreja matriz e uma fonte de bela traça, formam um conjunto de beleza notável.
A freguesia só faz parte do concelho de Almeida desde 7 de Dezembro de 1870,  pois  até essa data e desde 24 de Outubro de 1855 integrou o de Sabugal depois da extinção do de Castelo Mendo. A este pertenceu o Azinhal durante séculos e no foral concedido por D. Sancho II  em 1229, lê-se na descrição dos limites do concelho:"...e daí pelo mosteiro de Magidi e pelo falado Azinhal Formoso".
Nos finais  do séc. XVI, fazia o Azinhal parte do arciprestado de Pinhel e da diocese de Viseu.
As dificuldades que estas gentes passaram ao longo dos tempos foram imensas. Momentos houve em que o "tradicional revestimento florestal da freguesia, à base de Azinheiras, Carvalhos e outras espécies, estava praticamente esgotado, como resultado de considerável procura de lenha e do carvão, e, ainda, das necessidades de alargamento da área agrícola. Os moradores do Azinhal viam-se obrigados a ir cortar lenha, então, ao Jarmelo e ao termo de Cheias, percorrendo distâncias superiores a 10 km. No Inverno, para minorarem o frio, os homens "misturavam-se" com os animais, já que, a par da falta de lenha, não estava ainda divulgada a casa de sobrado. 
Das 65 casas da povoação do azinhal, só cinco eram de balcão, o que significava serem quase todas terreiras, com piso de rocha natural ou de pedra tosca, portanto, de um atroz desconforto. 
No Azinhal tinha solar os Sacotos, apelido nobre em Portugal, de cuja família se distinguiu Gonçalo Mendes Sacoto, que sendo capitão de Gafim, derrotou cinco alcaides mouros, recebendo grandes mercês de D. Manuel.

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Povoação e paróquia de Nossa Senhora do Rosário de Azinhal, concelho de Almeida, Diocese da Guarda.
Pertenceu ao antigo concelho de Castelo Mendo, extinto pelo decreto de 24 de Outubro de 1855 passando a fazer parte desde essa data do concelho de Sabugal.
A paróquia integrou o concelho de Almeida, por decreto de 7 de Dezembro de 1870.
Transitou para a Diocese da Guarda aquando da extinção da Diocese de Pinhel, a partir de em 30 de Setembro de 1881.

Património
  • Edificado:
    • Fonte de Mergulho no Largo da Igreja - século XVIII/ XIX;
    • Pequenos núcleos de Arquitectura Popular residencial e agrícola
  • Religioso:
    • Igreja Matriz - século XVIII (Barroco);
    • Campanário - século XVIII/XIX;
    • Cruzeiro - século XVIII/XIX;
  • Arqueológico e Etnográfico:
    • Sepulturas Antropomórficas cavadas na rocha junto ao Calvário - Medieval;
    • Forno Comunitário - século XIX;



Azinhal - Almeida - Campanário


Azinhal - Almeida -  Cruzeiro


Azinhal - Almeida - Fonte de mergulho

Azinhal - Almeida - Forno comunitário


Azinhal - Almeida - Igreja


Azinhal - Almeida - Igreja interior



Cabreira - Escudo de azul, vaso de perfume de ouro, realçado de negro e duas cabras postas em cortesia, de prata, animadas de vermelho, tudo alinhado em roquete; campanha diminuta ondada de prata e azul de três tiras. 
Coroa mural de prata de três torres. 
Listel branco, com a legenda a negro: «CABREIRA - ALMEIDA».
Associação de Freguesias Parada, Cabreira e Amoreira.


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História 

Situada no extremo oeste do concelho e seu limite com o da Guarda, a freguesia de Cabreira dista 26 km da vila de Almeida. Com uma altitude média de 720 metros, está localizada numa encosta bastante íngreme e acidentada, na margem direita da ribeira das Cabras.
O povoamento inicial do território desta freguesia deve ascender a tempos castrejos, ou pelo menos, à época da dominação romana. A instituição paroquial de Cabreira deve supor-se posterior à Idade Média, pois que nos séc. XIII e XIV, pelo menos, não existia ainda, incluindo-se na vasta paróquia de Santa Maria de Castelo Mendo. E de acordo com o tardio da erecção paroquial local e até com o do repovoamento (séc. XII), está o orago, Santa Maria Madalena, que só no sec. XIV, ou mais tarde, começa a figurar como titular de templos. Em razão da origem e filiação, o cura de Cabreira ainda no séc. XVIII era anualmente apresentado pelo abade de Santa Maria de Castelo Mendo, com uma côngrua de 6 mil reis em dinheiro, além do pé de altar. A este concelho de Castelo Mendo pertenceu Cabreira até à sua extinção em 24 de Outubro de 1855, passando então para o de Sabugal até 7 de Dezembro de 1870, data em que transitou, em definitivo, para o de Almeida.
Em termos arquitectónicos, destaca-se a zona central da povoação, bem integrada na paisagem natural, e ainda a Casa Antiga, admiravelmente enraizada no ambiente tradicional, constituindo vivo testemunho da arte e da técnica de gerações passadas. A Igreja Matriz, dedicada a Santa Maria Madalena, foi aumentada e reconstruída em Setembro de 1840, sendo hoje uma das mais belas e amplas do concelho. Edifício, com uma bela imagem do orago, em pedra, na frontaria, sucedeu a um primitivo templo edificado em 1611. Refira-se também a existência de diversas "alminhas", de grande lavor, situadas nas encruzilhadas dos caminhos, datadas dos séc. XVII e seguinte.

Património
  • Edificado:
    • Solar Freire Falcão - século XIX;
    • Fonte Grande - século XVIII/ XIX.
  • Religioso:
    • Igreja Matriz - Finais do século XVIII/XIX (características Tardo-barrocas);
    • Calvário - século XIX/XX;
    • Cruzeiro - século XX (Neomanuelino);
  • Arqueológico e Etnográfico:
    • Sepulturas antropomórficas cavadas na rocha junto do sítio da Eira - Medieval.

Povoação e freguesia de Santa Maria Madalena de Cabreira, concelho de Almeida. 
Pertenceu ao concelho de Castelo Mendo, extinto pelo decreto de 24 de Outubro de 1855, passando a paróquia, após esta data, a integrar o concelho de Sabugal. 
Foi anexado ao concelho de Almeida por decreto de 7 de Dezembro de 1870. 
A Paróquia transitou para a Diocese da Guarda aquando da extinção da Diocese de Pinhel, a partir de 30 de setembro de 1881.


 Cabreira - Almeida - Ponte Romana sobre a Ribeira das Cabras, afluente do Rio Côa
  Cabreira - Almeida - Vista Geral da Aldeia
  Cabreira - Almeida - Barroco


  Cabreira - Almeida - Nicho Santa Maria Madalena

 Cabreira - Almeida -  Nora de alcatruzes


 Cabreira - Almeida - Ponte Romana sobre a Ribeira das Cabras (afluente do Côa)


 Cabreira - Almeida -  Cruzeiro


 Cabreira - Almeida -  Igreja Matriz


 Cabreira - Almeida -  Ribeira das Cabras









ARMAS
COROA: De prata com quatro torres.
DIVISA: Num listel branco, ondulado, sotoposto ao escudo em letras negras, maiúsculas, de estilo elzevir.

Simbologia e Alusão das Peças
Os doze escudos com doze castelos significam o reinado de D. Dinis.
Ao centro os sete castelos alusivos ao Tratado de Alcanizes e o escudo branco com as quinas, perpetuando e consagrando assim “o milagre humano da positiva bravura, tenacidade, diplomacia e audácia que conseguiu atar os primeiros elos da afirmação social e política da lusa nacionalidade”.

Os Esmaltes Significam
     OURO: Nobreza e constância
     PRATA: Riqueza
     VERMELHO: Fogo, ardor bélico e força
     NEGRO: Firmeza e honestidade

Castelo Bom é uma freguesia do concelho de Almeida, no distrito da Guarda. Situa-se na zona raiana da Beira Interior, mais concretamente na sub-região da Beira Interior Norte. Foi vila e sede de concelho durante mais de quinhentos anos.
Actualmente, a freguesia tem 25,04 km² de área e contabiliza 216 habitantes (2011). A sua densidade populacional é de 8,6 hab/km².

Em 1282, D. Dinis casa-se com a Rainha Santa Isabel de Aragão e recebe, como dote, Castelo Bom e os seus domínios

Paróquia de Nossa Senhora da Assumpção de Castelo Bom, concelho de Almeida. 
Foi vila, sede de concelho e praça de armas. 
Era povoação árabe e D. Diniz mandou-a povoar por cristãos quando lhe fez muralhas e reconstruiu a vila. Castelo Bom passou para a Coroa Portuguesa (1282) por dote da rainha Santa Isabel, mulher de D. Diniz, mas estava quase despovoada. 
D. Afonso VIII de Leão deu-lhe foral sem data. 
D. Diniz também lhe deu foral em 1296 e D. Manuel deu-lhe foral novo em Lisboa no dia 1 de Junho de 1510. 
Transitou para a Diocese da Guarda aquando da extinção da Diocese de Pinhel, em 30 de Setembro de 1881.



Brasão nas Muralhas do Castelo Séc. XII - XIV

 A 8 de Novembro de 1296, a vila recebe o primeiro foral português. 
Castelo Bom era então cabeça de um concelho, termo e vigaria, que englobava, para além da vila, os lugares de Vilar Formoso, Freineda, São Pedro de Rio Seco, Naves e Quinta do Abutre (actual Aldeia de S. Sebastião). O monarca manda ainda que todo o castelo seja requalificado. 
Em 12 de Setembro de 1297, D. Dinis de Portugal, e Fernando IV de Leão e Castela assinam o Tratado de Alcanizes, no qual Castelo Bom assume um papel de destaque, passando definitivamente para as mãos do Reino de Portugal. No seguimento deste tratado, Castelo Bom foi durante algum tempo um dos principais pontos de portagem do Reino na região de Ribacôa. Este clima favorável, associado ao repovoamento ordenado por D. Dinis, fez a vila conhecer um período de prosperidade.


Cruzeio e Largo do Pelourinho


Igreja Matriz de Nossa Senhora da Assunção Séc. XIII e XVIII

 Um novo foral[

Entre 1509 e 1510, Duarte de Armas, durante o seu trabalho de representação dos castelos fronteiriços portugueses, desloca-se a Castelo Bom. No seu Livro das Fortalezas, podemos ver duas vistas diferentes do castelo na altura. Porém, por estes tempos, o castelo estava a degradar-se, o que leva D. Manuel I, em 1510, a outorgar o Foral Novo a Castelo Bom, onde determinou a reparação do castelo e das muralhas da vila. Os trabalhos iniciaram-se em 1512, comandados pelo mestre de obras João Ortega e pelo pedreiro Pero Fernandes.


Igreja Matriz


 Pelourinho


Pelourinho


 Porta de entrada das muralhas


Solar

Entrada das Muralhas


Solar


Castelo Bom 
Encontra-se sobranceiro ao rio Côa, num cabeço a 725 m de altitude e cuja muralha envolve a povoação. Oriundo de um antigo castro ocupado desde a Idade do Bronze, Castelo Bom vê-se incorporado no reino de Portugal, em 1297, como consequência do Tratado de Alcañices. Nos séc.s XIII e XIV acontece a reedificação do castelo e cintura muralhada (D. Dinis). No séc. XVI, possuía dupla cintura de muralhas, Cidadela com Torre de Menagem e duas Torres de planta quadrada. Durante as Guerras da Restauração serviu de abrigo aos Governantes da Beira. Em 1762, a Vila foi cercada e derrotada. Em 1834, foi extinto o concelho de Castelo Bom, iniciando-se então a degradação das estruturas. Em meados do século XX ainda existia a Torre de Menagem. Existem hoje os panos da muralha; a Porta da Vila, em arco quebrado no exterior e arco pleno no interior; o brasão da antiga vila (escudo nacional coroado) num muro e a Cisterna, a Sul; o Paiol, a Oeste; o Poço de Escada, de planta quadrangular e o Poço d’ El-Rei, de planta rectangular.